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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Não digas que eu não estava à janela,
que não foi para ti o que não viste.
Há tanta coisa que não sabes, não digas.
Um dia ver-me-ás à janela de ontem
com a roupa que hei-de vestir amanhã.
Até lá pensa que me sonhaste. Nem eu mesma sei
O que fiz nesse dia. Mas a janela guarda os meus dedos
Como tu me guardas. O tempo é uma invenção recente.
Era uma vez essa mulher que viste. Retira o vidro,
A moldura, e não te esqueças de abrir o horizonte.





Rosa Alice Branco




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1 Comments:

Blogger T.E. said...

depois não digas

26/1/11 02:56  

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