#b-navbar { display: none; }

quinta-feira, maio 28, 2009

Sempre que sobre mim poisava os olhos, o olhar dele era o de quem os volta para dentro de si próprio, como se nesse espaço me quisesse aprisionar ou dele, sem que eu sequer o suspeitasse, há muito me tivesse feito residente. Raro era, porém, surgirem sob as pálpebras, no rosto, onde seria de esperar vermo-los, esses olhos. Não o faziam senão quando, como depois veio a ser sabido, até aí com ímpeto os alçava o seu mar interior nas suas cristas.






luís miguel nava




Photobucket

1 Comments:

Anonymous rui g said...

Magnífico. Conhecio-o pessoalmente através de um amigo comum. Foi um par de anos antes de morrer assassinado.

28/5/09 23:34  

Enviar um comentário

<< Home