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terça-feira, novembro 25, 2008

Abriu no colchão as valas possíveis
e enterrou por ordem alfabética
cada parte do corpo: os pêlos
os pântanos as unhas encravadas
e as unhas que outros cravaram pelas coxas.
Estudou cuidadosamente as ondas as horas
para que não restassem dúvidas
sobre os caminhos marítimos
para a noite. Por fim
podou todas as janelas do quarto;
bebeu o vinho;
roeu a carne do quarto
até não sobrar nenhum coração.



Catarina Nunes de Almeida



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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A gift:
http://www.bugtown.com/alice/

25/11/08 14:52  
Blogger Daniel Francoy said...

mas o coração sempre volta a nascer, certo? é uma desgraça. ou talvez não.

26/11/08 01:16  
Anonymous Anónimo said...

oi
:)

procuro por novas amizades!

26/11/08 15:39  

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