não esperes que te ajude o cavaleiro
andante ou — menos ainda — a música.
cresceste demasiado, o teu corpo
não cabe no teu corpo e o amor
(ah, o amor) ajuda mas não salva.
— vem comigo partir estes pinhões,
sob o esboroado cor-de-rosa das paredes.
os cavalos, acredita, não te farão mal.
depois das laranjeiras havia um tanque,
depois do tanque um jardim. mas
de pouco te serve dizê-lo, agora que tratas
por tu a mais íntima distância do que foste.
manuel de freitas
andante ou — menos ainda — a música.
cresceste demasiado, o teu corpo
não cabe no teu corpo e o amor
(ah, o amor) ajuda mas não salva.
— vem comigo partir estes pinhões,
sob o esboroado cor-de-rosa das paredes.
os cavalos, acredita, não te farão mal.
depois das laranjeiras havia um tanque,
depois do tanque um jardim. mas
de pouco te serve dizê-lo, agora que tratas
por tu a mais íntima distância do que foste.
manuel de freitas
3 Comments:
este poema é tão lindo :)
cavaleiros andantes com caves na áustria
velhinhos no metro a oferecer imagens de fátima a crianças incautas
gosto desse poema. é de que livro do manuel de freitas?
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