este dia nasceu violentamente do medo
dos meus braços vejo levantar-se
todo o nevoeiro
a manhã é um eco de corpos
devorados no seu próprio destino
seria tão fértil se eu tocasse o amor
donde se via crescer a alba
seria tão aceso ver-me chegar eu
onde tinhas chegado tu
mas a madrugada apenas a confusão dos sonhos
onde tu jamais terias existido
procuro no peito pássaros migradores
o que tu eras eu
conheço-te na luz ferida
conheço-te na pedra do meu sangue
conheço-te de mim
hoje as paredes do mistério
deitaram o meu corpo no esquecimento
faz frio nos corredores da posse
e nunca foi tão longe seres eu
oiço o mundo cair no fundo do meu corpo
e chorar no centro invisível da noite
hoje é o futuro de ontem
um espelho sangrou em fumo
um homem partido à entrada do amor
com um rosto que não lhe pertence
quem me conhece de ti
não existe em tão frutífera ausência
em tão rosto pânico
com as duas mãos amanhecidas em ontem
despeço-me em ti
Pedro Sena-Lino
dos meus braços vejo levantar-se
todo o nevoeiro
a manhã é um eco de corpos
devorados no seu próprio destino
seria tão fértil se eu tocasse o amor
donde se via crescer a alba
seria tão aceso ver-me chegar eu
onde tinhas chegado tu
mas a madrugada apenas a confusão dos sonhos
onde tu jamais terias existido
procuro no peito pássaros migradores
o que tu eras eu
conheço-te na luz ferida
conheço-te na pedra do meu sangue
conheço-te de mim
hoje as paredes do mistério
deitaram o meu corpo no esquecimento
faz frio nos corredores da posse
e nunca foi tão longe seres eu
oiço o mundo cair no fundo do meu corpo
e chorar no centro invisível da noite
hoje é o futuro de ontem
um espelho sangrou em fumo
um homem partido à entrada do amor
com um rosto que não lhe pertence
quem me conhece de ti
não existe em tão frutífera ausência
em tão rosto pânico
com as duas mãos amanhecidas em ontem
despeço-me em ti
Pedro Sena-Lino
1 Comments:
de puta madre....
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