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sexta-feira, fevereiro 15, 2008

tradução caseira da lebre


Quase não te lembras
do rasto do seu corpo
e no entanto pesam-te
as suas palavras
como o eco duma avalanche
que se aproxima.

Não existes, não és nada,
não imagines amor
onde apenas há sombras.

És a estrada secundária
o desvio de um dia sem pressas
para alguém que brinca
a mudar de destino
mas leva uma bússola
e volta sempre a casa.


Ana Merino


Photobucket

4 Comments:

Blogger O'Sanji said...

Foi bom ler este poema!
Obrigada.

15/2/08 01:11  
Blogger marta (doavesso) said...

oh lebre, que bonito este poema.
não conhecia a senhora...
beijo

15/2/08 12:58  
Anonymous Anónimo said...

casa é onde moro

15/2/08 15:21  
Blogger fragole di bosco said...

este espaço é a grande surpresa do dia.
este texto, tb o é.
vou gurdar e venho cá mais vezes.
obvio :)

17/2/08 17:00  

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