chegaste donde o medo tecia os meus cabelos
donde os pássaros ardiam a voz
donde só o silêncio se desconhecia
era tão larga a morte
que não se podia ver dos meus olhos
chegaste quando o fim sangrava dos meus braços
a casa soterrou-me dos teus passos
terra de mim todo
chegaste pelo coração de água da noite
quando o mistério escorre em grito pelos telhados
e Deus se desabita
chegaste tão de dentro de mim mesmo
que agora que a morte me nasce na garganta
a noite e o meu rosto são alguém
que eu próprio desconheço
Pedro Sena-Lino
donde os pássaros ardiam a voz
donde só o silêncio se desconhecia
era tão larga a morte
que não se podia ver dos meus olhos
chegaste quando o fim sangrava dos meus braços
a casa soterrou-me dos teus passos
terra de mim todo
chegaste pelo coração de água da noite
quando o mistério escorre em grito pelos telhados
e Deus se desabita
chegaste tão de dentro de mim mesmo
que agora que a morte me nasce na garganta
a noite e o meu rosto são alguém
que eu próprio desconheço
Pedro Sena-Lino
4 Comments:
nunca me esqueço que conheçi pedro sena-lino aqui.e como gosto sempre de o ler.
como se nas pontas dos cabelos se revelassem os dias. esta imagem enternece.
por isso gosto tanto,
tanto de vir aqui.*
m'ninas:)**
limonina, é claro que esse é um vídeo do planeta lebre :P (brigada)
a lhasa é uma das cantoras do planeta lebre:)
Uma imagem bastante familiar, é o que digo...
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