por trás dos pássaros está um quadro a estalar
e eu sozinha vestida de borboletas
sei que recorto as frases onde abundam
os tons com que escrevo “adeus”
estou aqui para marcar as palavras
da cor de noites sobre noites
e nada mais que uma sombra a atravessar
os fragmentos de um corpo a desfiar-se
na presença de ausentes
fugir num entardecer a copiar manchas
que se abrem de par em par a
palavras como “sempre”
Maria Sousa
e eu sozinha vestida de borboletas
sei que recorto as frases onde abundam
os tons com que escrevo “adeus”
estou aqui para marcar as palavras
da cor de noites sobre noites
e nada mais que uma sombra a atravessar
os fragmentos de um corpo a desfiar-se
na presença de ausentes
fugir num entardecer a copiar manchas
que se abrem de par em par a
palavras como “sempre”
Maria Sousa
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