E
de súbito reparas que tens uma hora para ti.
Debates-te com o sofá sentindo os
ossos fremir
(cinquenta e cinco minutos) para entregar
ao que mais gostas. Uma hora só para ti nem
é nada habitual
(quarenta e sete minutos) sem o jugo das perguntas
privada epifania de veres chegar
o teu momento. Felizmente que esta tarde
tens uma hora para ti
(trinta e nove minutos) delida no teu silêncio e
nada fala mais alto que
o silêncio das mulheres. Repara que é a hora inteira
(vinte e quatro minutos)
a sala sem o colóquio das vozes à refeição
(cinco ou dez minutos) até à palavra ballet onde
a escolhes meia minha
meia tua meia nua.
João Luís Barreto Guimarães
de súbito reparas que tens uma hora para ti.
Debates-te com o sofá sentindo os
ossos fremir
(cinquenta e cinco minutos) para entregar
ao que mais gostas. Uma hora só para ti nem
é nada habitual
(quarenta e sete minutos) sem o jugo das perguntas
privada epifania de veres chegar
o teu momento. Felizmente que esta tarde
tens uma hora para ti
(trinta e nove minutos) delida no teu silêncio e
nada fala mais alto que
o silêncio das mulheres. Repara que é a hora inteira
(vinte e quatro minutos)
a sala sem o colóquio das vozes à refeição
(cinco ou dez minutos) até à palavra ballet onde
a escolhes meia minha
meia tua meia nua.
João Luís Barreto Guimarães
1 Comments:
O poema é um bom poema. Mas o "e" ali de súbito desconversa um bocado, não?
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