atravessas-me e há vozes em coro
a passear pelos arredores da pele
esqueço-me de sentir
e é com pele que te faço o centro da ferida
cuidado
a realidade é feita do que não quero ser
dias sólidos de onde não saímos
é tarde e amanhã começa com a tua voz ontem
sobre uma mesa posta (natureza morta com vento)
é tudo simples e quando o nada me acaricia os dedos
não há respostas para o que o vento pergunta
Maria
a passear pelos arredores da pele
esqueço-me de sentir
e é com pele que te faço o centro da ferida
cuidado
a realidade é feita do que não quero ser
dias sólidos de onde não saímos
é tarde e amanhã começa com a tua voz ontem
sobre uma mesa posta (natureza morta com vento)
é tudo simples e quando o nada me acaricia os dedos
não há respostas para o que o vento pergunta
Maria
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6 Comments:
Este blogue é um bálsamo.
"Não tinhas nome. Existias como um eco do silêncio. Eras talvez uma pergunta do vento." - albano martins
gosto do que dizes no que escreveste.
margot
"esqueço-me de sentir
e é com pele que te faço o centro da ferida
cuidado
a realidade é feita do que não quero ser
dias sólidos de onde não saímos"
este é o género de coisas que corre o risco de ficar a ecoar
explica "bálsamo" :)
Bom.
a maggie é que tem razão - estas coisas que escreves ficam-nos a ecoar.
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