estão a bater à porta. de cada lado da
fechadura algo acontece (e como apetece:
um olhar). é assim uma casa: começa
quando o dia se extingue (cedo se enche
de corpos que se esvaziam do dia) como
uma fonte nunca cessa de entornar seu
nascimento. escuta: estão a bater à porta
são esses os alicerces de uma casa (a
mão da mãe? o pé do pai?) uma casa não
se ergue pelo lugar da porta mas pelo
que em cada transpõe essa ferida (essa
fácil abertura). o fim de tarde escorre
(os pátios ardem de luz) ouves agora?:
estão a bater à porta. que se defenda
João Luís Barreto Guimarães
fechadura algo acontece (e como apetece:
um olhar). é assim uma casa: começa
quando o dia se extingue (cedo se enche
de corpos que se esvaziam do dia) como
uma fonte nunca cessa de entornar seu
nascimento. escuta: estão a bater à porta
são esses os alicerces de uma casa (a
mão da mãe? o pé do pai?) uma casa não
se ergue pelo lugar da porta mas pelo
que em cada transpõe essa ferida (essa
fácil abertura). o fim de tarde escorre
(os pátios ardem de luz) ouves agora?:
estão a bater à porta. que se defenda
João Luís Barreto Guimarães
3 Comments:
Quabndo é que uma mão vazia nos abraça o corpo todo?
t.m.
Quando somos apaixonadamente abraçados pela Vénus de Milo ...
:)
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