Como posso eu amar-te, se nem sei
como à porta te chamam os vizinhos,
nem visitei a rua onde nasceste,
nem a tua memória confessei.
Que vaga rima me permite agora
desenhar-te de rosto e corpo inteiro
se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora...
Não deixes que te enganem os recados
na infernal gazeta publicados
que te dão já por escultura minha;
nocturno frankenstein, em vão soprei
trombas de criação, e foste tu
quem me criou a mim quando quiseste
António Franco Alexandre
como à porta te chamam os vizinhos,
nem visitei a rua onde nasceste,
nem a tua memória confessei.
Que vaga rima me permite agora
desenhar-te de rosto e corpo inteiro
se só na tua pele é verdadeiro
o lume que na língua se demora...
Não deixes que te enganem os recados
na infernal gazeta publicados
que te dão já por escultura minha;
nocturno frankenstein, em vão soprei
trombas de criação, e foste tu
quem me criou a mim quando quiseste
António Franco Alexandre
5 Comments:
caramba, Lebre! isto é exageradamente bonito!
(beeeem, e a foto... )
É mesmo. Fiquei com pele de galinha, caramba.
Lindo!... E de quem é a foto?
:))
a foto é de um fotógrafo brasileiro, o Lucio Carvalho.
para se saber de quem são as fotos do meu blog é só ir ver as propriedades delas:)
Hola!! te escribo desde Lima Perú y al igual que comparto los mismo gustos literarios y artísticos. FELICIDADES, es un lindo blog!!
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