Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo Mal de te amar neste lugar de imperfeição Onde tudo nos quebra e emudece Onde tudo nos mente e nos separa
(in Coral, Sophia)
Mas o meu poema-pessoa é uma certa fénix pouco voadora, mas muito viajante...:)
hmmm, o meu 1º foi... Florbela Espanca ('tá calada, Lebre!), ela já não me "serve", mas ainda tenho a folha que rasguei do meu livro de Português do 8º ano onde estava
a imagem que deixaste representa muito bem o impacto que teve em mim devia ter 13/14 anos
A UMA RAPARIGA
Abre os olhos e encara a vida! A sina Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes! Por sobre lamaçais alteia pontes Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada da vida que fascina Caminha sempre em frente, além dos montes! Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes! Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela, Escava com as mãos a própria cova E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor, Da graça do teu corpo, esguia e nova, Surgir à luz a haste de uma flor!...
Não sei se foi o primeiro, mas foi seguramente dos iniciadores. Era realmente jovem, e esta interrogação dele exlicava as minhas dúvidas melhor que eu. Foi mais do que um poema, foi uma espécie de guia para um particular conhecimento.
Interrogação
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar, Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo; E apesar disso, crê! nunca pensei num lar Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito. E nunca te escrevi nenhuns versos românticos. Nem depois de acordar te procurei no leito Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo A tua cor sadia, o teu sorriso terno... Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio Da luz crepuscular, que enerva, que provoca. Eu não demoro o olhar na curva do teu seio Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo... Eu não sei que mudança a minha alma pressente... Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço, Que adoecia talvez de te saber doente.
10 Comments:
O meu primeiro poema-escrito foi
Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
(in Coral, Sophia)
Mas o meu poema-pessoa é uma certa fénix pouco voadora, mas muito viajante...:)
hmmm, o meu 1º foi... Florbela Espanca ('tá calada, Lebre!), ela já não me "serve", mas ainda tenho a folha que rasguei do meu livro de Português do 8º ano onde estava
a imagem que deixaste representa muito bem o impacto que teve em mim
devia ter 13/14 anos
A UMA RAPARIGA
Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada da vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...
(rpontoS, confessei)
escrito não é?
houve uma série de lyrics muito mais decisivas mas, poema escrito foi "Quase" de Mário de Sá Carneiro. Enfim adiante.
que eu me lembre foi a tabacaria do álvaro de campos...(acho que só tinha lido até aí florbela espanca)
margarete, margarete, aiaiaeuaiaiai
que estou a fazer muito esforço para não te comentar:P
não sejas injusta, esse soneto não é o tipicamente "ai eu ai eu" da Florbela Espanca, é das poucas coisas dela que têm algum futuro
talvez seja emocional, pq foi mm o meu 1º, mas continuo a achá-lo uma bela prenda para uma adolescente
tens razao, tive a resposta condicionada pelo nome:|
Não sei se foi o primeiro, mas foi seguramente dos iniciadores. Era realmente jovem, e esta interrogação dele exlicava as minhas dúvidas melhor que eu. Foi mais do que um poema, foi uma espécie de guia para um particular conhecimento.
Interrogação
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
Camilo Pessanha
"Clepsidra"
; )
(eu sei! é urticária instantânea)
O meu foi sem duvida a mulher... desconfio que será o 1º e o último...
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