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quarta-feira, junho 08, 2005

despir o dia quando os olhos se enrugam e
o teu corpo não tem espaço senão para palavras
que afogas nos lençóis

passas a noite a aprender que
talvez sejam elas o que envelhece no linho

na minha boca há um não te saber dizer
que há cor para além da memória

e entre as margens do lençol já gasto
há sono onde nem todos os sonhos respiram


eue

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1 Comments:

Blogger Ricardo said...

Sim sim gosto do poema e o poema com a fotografia estão incrivelmente bem compatibilizados. Os dois muito ambos.

8/6/05 01:15  

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