é no interior do sonho que olho (para)
o tempo (que já não respira) atravessado pelo riso
esfarrapam-se os espaços (de contacto) onde me apoio
equilíbrio frágil num trapézio de sombras
esboçam-se sorrisos (escondidos)
ao que realmente existe, acrescento olhares (de espanto)
paisagens por desenhar (para dias de ausência)
assim invento maneiras simples de te escrever
como se saíssem da minha voz as palavras onde
o silencio é adorno
eue
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