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terça-feira, setembro 14, 2004


quando leio, faço inventários de tudo o que não pertence à insónia
um dia escrever-te-ei no ar onde as papoilas se afogam
explicar-te-ei como te tenho no colo de todas as palavras impossíveis
e com a lentidão dos passos afastar-te-ás do dia em que os gestos são papoilas
é tão impossível pensar que a tua voz se tornou inaudível
e é por esse silêncio que as vozes coagulam
e se dentro das palavras talvez haja paisagens
da tua boca só sai o frio acumulado por meses de Inverno



eue