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segunda-feira, julho 05, 2004

sobre uma paisagem de sílabas a memória é um banco de rostos
rompem-se caminhos sem mapas onde as palavras desenham fronteiras

verbos líricos recortando conclusões em gestos esboçados no ar
floreados da fala onde a pele perde o rasto das sombras

lado a lado, contornados pelo tacto
corpos ficam no fundo da linguagem
fazem de conta que são isto e aquilo

enquanto eu escrevo o vazio

eue