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quarta-feira, junho 30, 2004

no momento em que me cresce nos olhos a morte dos sorrisos
as palavras são pancadas secas reinventadas numa natureza morta com lágrimas

com um sussurro na boca inspiro e expiro pétalas
E na explosão do silêncio, acabo de nascer na ausência

sim

as lágrimas cheiram a tulipas.

assusta-me a respiração desordenada dos instantes
onde o esquecimento está entre o sol e o sal.

dividida entre a luz inocente e as sílabas que a matam

devia fazer frio mas o sol é espesso

as tulipas e as mãos escrevem palavras no limiar da caligrafia
cristalizam-se estribilhos de mágoa

ninguém lê nas lacunas que separam a sombra dos dias
e onde começa a dor, voam lábios atados pelo silêncio.

a luz inocente aguarda a noite onde
as mãos abandonam-se aos dias por abrir

quando os rumores dão um nó nas lágrimas
que me bebem os olhos
as noites são frágeis e cortam o amanhecer

lentamente a luz cai sobre as palavras
tenho feridas no limiar da manhã quando vocábulos
dançam a pique numa metamorfose que
lentamente cai sobre as palavras


eue


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oi... gostei... virei aqui mais vezes

2/7/05 20:03  
Anonymous Anónimo said...

sugiro putas, vinho verde e mais leituras. que depressed vulgar, miuda!

3/12/05 20:36  

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