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domingo, abril 04, 2004

Escrevo-te onde a luz é feita de papoilas

Clareiras onde pássaros
piam ecos coagulados

Memorias transpiradas,
em vozes que desaguam no teu silêncio,
e o teu corpo forma-se no ar,
tecido de nuvens.

sinto-te nas frágeis linhas
da tua ausência

Sou margem do rio onde a tua poeira
se mistura com a fúria das sílabas.

Descubro o teu rosto e escrevo-te
na folhagem das nuvens
onde os corpos são
formas de vento

eue


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