segunda-feira, dezembro 31, 2007
sábado, dezembro 29, 2007
Tired and wired we ruin too easy sleep in our clothes and wait for winter to leave
Etiquetas: Os vídeos do planeta lebre
sexta-feira, dezembro 28, 2007
tradução caseira da lebre
(...)
É um vento que diz:
Não se pode sair duma casa vazia.
Tudo o que alguma vez aconteceu
acontece para sempre.
Benjamin Prado
(...)
É um vento que diz:
Não se pode sair duma casa vazia.
Tudo o que alguma vez aconteceu
acontece para sempre.
Benjamin Prado
Etiquetas: tradução caseira da lebre
quinta-feira, dezembro 27, 2007
terça-feira, dezembro 25, 2007
segunda-feira, dezembro 24, 2007
domingo, dezembro 23, 2007
sexta-feira, dezembro 21, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Etiquetas: Os vídeos do planeta lebre
quarta-feira, dezembro 19, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
É mais que certo: não sinto a tua falta.
Fiquei a tarde toda a arrumar os teus papéis,
a reler as cinco cartas que me foste endereçando
na semana que perdemos: tu no Alentejo,
eu debaixo de água. Fui depois regar as rosas
que deixaste no quintal. Sempre só e sem
carpir o meu estado (porque não me fazes falta),
pus o disco da Chavela que me deste no Natal
e comecei a preparar o teu prato preferido.
Cozinhar fez-me perder o apetite; por isso
abri uma garrafa de maduro e não me custa
confessar-te que não sinto a tua falta.
Por volta das dez horas, obriguei-me a recusar
dois convites pra sair (aleguei androfobia)
e estou neste momento a recortar a tua imagem
(não me fazes falta) nas fotos que possuo de nós dois,
de maneira a castigar com o cesto dos papéis
a inábil idiota que deixou que tu te fosses.
José Miguel Silva
Fiquei a tarde toda a arrumar os teus papéis,
a reler as cinco cartas que me foste endereçando
na semana que perdemos: tu no Alentejo,
eu debaixo de água. Fui depois regar as rosas
que deixaste no quintal. Sempre só e sem
carpir o meu estado (porque não me fazes falta),
pus o disco da Chavela que me deste no Natal
e comecei a preparar o teu prato preferido.
Cozinhar fez-me perder o apetite; por isso
abri uma garrafa de maduro e não me custa
confessar-te que não sinto a tua falta.
Por volta das dez horas, obriguei-me a recusar
dois convites pra sair (aleguei androfobia)
e estou neste momento a recortar a tua imagem
(não me fazes falta) nas fotos que possuo de nós dois,
de maneira a castigar com o cesto dos papéis
a inábil idiota que deixou que tu te fosses.
José Miguel Silva
sábado, dezembro 15, 2007
quinta-feira, dezembro 13, 2007
Reflexões:
1.ª- para os outros eu não era aquele que, para mim, tinha até então julgado ser;
2.ª- não podia ver-me viver;
3.ª- não podendo ver-me viver, permanecia estranho a mim mesmo, ou seja, alguém que os outros podiam ver e conhecer, cada qual à sua maneira, e eu não;
4.ª- era impossível colocar-me diante desse estranho para o ver e conhecer, eu podia ver-me, mas não vê-lo;
5.ª- para mim o meu corpo, se o observava de fora, era como uma aparição, uma coisa que não sabia que vivia e ficava ali, à espera que alguém pegasse nela;
6.ª- tal como eu pegava no meu corpo para ser, por vezes, como me queria e me sentia, também qualquer um podia pegar nele para lhe dar uma realidade à sua maneira;
7.ª- finalmente, aquele corpo, por si mesmo, era de tal forma nada e de tal forma ninguém que um fio de ar podia, hoje, fazê-lo espirrar, amanhã, levá-lo consigo.
Luigi Pirandello
1.ª- para os outros eu não era aquele que, para mim, tinha até então julgado ser;
2.ª- não podia ver-me viver;
3.ª- não podendo ver-me viver, permanecia estranho a mim mesmo, ou seja, alguém que os outros podiam ver e conhecer, cada qual à sua maneira, e eu não;
4.ª- era impossível colocar-me diante desse estranho para o ver e conhecer, eu podia ver-me, mas não vê-lo;
5.ª- para mim o meu corpo, se o observava de fora, era como uma aparição, uma coisa que não sabia que vivia e ficava ali, à espera que alguém pegasse nela;
6.ª- tal como eu pegava no meu corpo para ser, por vezes, como me queria e me sentia, também qualquer um podia pegar nele para lhe dar uma realidade à sua maneira;
7.ª- finalmente, aquele corpo, por si mesmo, era de tal forma nada e de tal forma ninguém que um fio de ar podia, hoje, fazê-lo espirrar, amanhã, levá-lo consigo.
Luigi Pirandello
quarta-feira, dezembro 12, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
sexta-feira, dezembro 07, 2007
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Minto-me. Sou um rasgo de impudor.
Represa vazia, muita água. Está
a começar a esquecer-me, diz-me
que o esqueça, que
esqueça todo o dia, o longo dia,
por isso penso: esquece.
Lenço rasgado, uma algibeira, uma gare
de comboios vários em que
alguém chora. Ainda bem
que não sou eu a que amontoa
gotículas de constituição salina na cara.
Eu esqueço.
Concha García
Represa vazia, muita água. Está
a começar a esquecer-me, diz-me
que o esqueça, que
esqueça todo o dia, o longo dia,
por isso penso: esquece.
Lenço rasgado, uma algibeira, uma gare
de comboios vários em que
alguém chora. Ainda bem
que não sou eu a que amontoa
gotículas de constituição salina na cara.
Eu esqueço.
Concha García
terça-feira, dezembro 04, 2007
segunda-feira, dezembro 03, 2007
antónio aqui tens os meus cinco filmes
The Pillow Book
If...
The Night Of The Iguana
In the Mood for Love & 2046
Touch of Evil
mas não me posso esquecer nem do
Eternal Sunshine Of The Spotless Mind
nem do Dolls
e muito menos do Velvet Goldmine
e depois de ter escolhido os meus filmes, passo a batata quente à marta e ao nuno, ao senhor do 15den, à jone e à ana c
The Pillow Book
If...
The Night Of The Iguana
In the Mood for Love & 2046
Touch of Evil
mas não me posso esquecer nem do
Eternal Sunshine Of The Spotless Mind
nem do Dolls
e muito menos do Velvet Goldmine
e depois de ter escolhido os meus filmes, passo a batata quente à marta e ao nuno, ao senhor do 15den, à jone e à ana c