O café está aberto anda,
os mortos estão lá sentados
em cadeiras acorrentadas, bebendo vinho
À nossa custa. Há algumas casas –
Retiradas do mar – a ver.
Um pedinte recolhe moedas e
atira -as aos mortos como um sacrifício.
Do bar, estendendo-se até ao mar,
há uma estreita faixa de luz
pela qual os mortos se afastam,
sobre a água. Permanecemos, ali sentados,
até o dia esfregar os olhos.
Michael Krüger
“Deus escreveu demasiado”, edição do lado esquerdo
Tradução de Francisco José Craveiro de Carvalho